16.
O mundo é um novelo de fios que desenham a trama; que se unem e desprendem; que se ligam e desligam; que se perdem e encontram. É assim o mundo: quase um rumor: a descer as encostas e os caminhos de terra e o espírito dos declives; a ficar suspenso nas árvores dos bosques; a entrar nas casas; a misturar-se na luz da manhã; a atravessar o mar oceano; a regressar sobre as águas; a ficar para sempre entre os dedos como a memória de tudo. É assim o mundo: um espelho a reflectir o que não existe.