quarta-feira, dezembro 28, 2011

[cinema]

*
Não digas nada
que venha
no guião

*
Acredita que a tarde de sol
da cena número doze
ainda hoje me aquece

*
Eu apontava-te a pistola
na esperança de que pudesses
acertar-me

*
Amo-te meu amor
como se fosse verdade
o papel que represento

quarta-feira, dezembro 21, 2011

[o rastilho das legislaturas]

Só um poema de novo interessa neste tempo
de vigilância sucessiva. Um poema
sobre a deflação e o silencioso e rapace
voo da coruja. Sobre a irrealidade
material dos orçamentos. Sobre as técnicas
de diluição do défice nas
folhas remuneratórias das repartições.
É certo que desertaram os arautos

migratórios e se esvaiu assim
a fabulosa retórica de acreditarmos
ser possível de cabeça para
baixo sobreviver sem a protecção
civil nem a ajuda externa no fundo
de um poço com água pela metade
dele. Mas há terreno tanto ainda
para estender de um a outro

lado das praças o fio cinzento
do rastilho das legislaturas.
E por isso aqui se escreve que
chegou depois de tantos anos
o tempo do poema como quando
na tropa os sapadores procuram em pânico
nos livros de instruções o segredo
dos instrumentos de deflagração.

terça-feira, dezembro 20, 2011

[pr: memória das histórias da infância, 2]




jcb. pastel sobre cartão.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

[pr: memória das histórias da infância, 1]




jcb. pastel sobre cartão.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

[1866-1944]



jcb. pastel sobre cartão.

[em dresden no inverno de 1909]



jcb. pastel sobre cartão.

[direcções]




jcb. pastel sobre cartão.

[PONTO DE SITUAÇÃO]

O folhetim fica de molho... Até ver.