para o meu amigo Manel Guimarães, que não sei onde anda
Quando a manhã
Bater de novo
Na pedra no pátio
Na cal da parede
No adro
No átrio
Na porta de casa
E entrar
Quando acordares
Sem rosas num jarro
Sem ninguém sorrindo
A acender-te um cigarro
Sem leite
Aquecido
E um rosto
Que espreite
A entrar
Quando a manhã
Não partir
Um prato
Nem se detiver
Junto ao teu
Retrato
E o sol na varanda
Já nem de memória
Há que escrever outra história
Há que escrever outra história