regressar
como se fosse possível desaprender
como se cada objecto pudesse ocupar de
novo o seu lugar próprio
como se pudéssemos desligar de
cada uma das coisas antigas
os nomes que agora
lhes damos
regressar
como se o conhecimento não tivesse movido
o que chegou a pertencer-nos
para um espaço que agora é exterior
a nós mesmos
regressar
como se pudéssemos ainda ambicionar a ignorância
tocar a água fria dos tanques
e não saber de onde vem
a água