segunda-feira, junho 29, 2009
[Uma possibilidade de começo]
Foi essa a sua primeira e inocente obsessão: a medição do tempo. Procurar uma ordem entre os eventos e o seu carácter aleatório; procurar estabelecer relações entre o voo das aves e a sombra estendida na tijoleira dos pátios; compreender o que separa o movimento e a imobilidade; entrar nos segredos da idade, da passagem das horas, da oscilação dos pêndulos abstractos. No entendimento de que o mundo só existe se o medirmos e se apreendermos o mistério da matéria volátil que faz mover as coisas.