Um dia descobrimos
que também nos pertencem (eles
e todos os outros) os planetas refractários
às promessas. Não
nos livramos disso: dessas órbitas difusas
ou excêntricas; dessa característica
falta de luz própria que nem a nós mesmos
chega a iluminar por dentro.
Talvez seja tarde. Talvez
seja apenas o tempo
de desenharmos uma nova elíptica
geoestacionária
no afastado lugar indefeso
do coração.