quarta-feira, janeiro 04, 2006
O ano novo
Uma lentidão, uma calma, uma quase indolência parece misturar-se ou acolher-se, como matéria comum, nas folhas das árvores, na neblina que a manhã faz subir do interior da terra, no azul das águas e no azul do céu. Depois da vertigem do período festivo, que alguns livros dizem ser de recolhimento e reflexão mas que, na prática, é feito sobretudo de velocidade e vertigem, é como se tudo regressasse por algum tempo ao que sempre ambicionámos: a essa lentidão que nos aproxima das coisas simples do mundo, as únicas.