Pouco poderá ser o que leva ao poema se não
for a desordem natural das coisas. À simetria
ou à claridade extrema de um céu azul
só deveria ser dado entrar nos versos por
oposição à injustiça de poderes
devassados. De qualquer modo: em
vez de loa aos remansos
antes o poema ao serviço
da usura: onde possamos
abrir a cicatriz da intranquilidade
ou adormecermos vencidos de já nos
bastar a deserção.
Obviamente tudo isto se
o poema obedecesse a uma regra de estilo.