Um estranho afecto, inverosímil, a
une a este telemóvel velho de
que não se quer por nada
desfazer: o mesmo afecto que sentimos às vezes
pelas casas da infância, pela memória
de uma tão distante manhã de julho em que o amor
nos tocou nos ombros
nus, por um cão que ficou à nossa espera
meses e meses sentado no degrau do
fundo da escaleira.