sábado, outubro 28, 2006

Não peço mais

Não peço mais do mundo:
as manhãs desenhadas
pelo vento nos taludes das margens
cortadas a pique dos açudes,

a cal e o oxigénio
nos pátios de tijoleira,
a nuvem de silêncio
adormecida nos telhados vermelhos

das casas da encosta, a água
do tanque, o teu nome,
o teu rosto desviando

as tempestades pretéritas
para as páginas dos romances
publicados em edições de autor.