terça-feira, maio 31, 2005

O mundo


jcb

O mundo, visto pelos olhos das crianças, é como se estivesse permanentemente a nascer: nos frutos, nos caules minúsculos das ervas, nas folhas das oliveiras, nos círculos desenhados à mão em ramos cortados em Outubro, nos ocres da terra lavrada, no arame das vinhas, no voo das aves, na água dos tanques. E é como se a cada instante se renovasse, como se nascesse de novo pela primeira vez quando as manhãs avançam até ao azul das cumeadas que se erguem na distância. E é como se tudo isso não tivesse nome. Ainda não tivesse nome.