O mato cresceu nos carreiros, nas veredas,
nos atalhos, no desvio que levava aos terraços
das vinhas, à parcela onde procuravas
temporão o renovo. A casa era uma consequência
da paisagem: dos lugares onde florescia
a planta inúmera das sete pétalas, do modo
como as argilas se depositavam nos vales
ou nas vertentes da encosta, dos declives,
das linhas de encontro ou de separação das águas.
A ruína começou nas paredes, nos telhados,
nos muros de pedra: quando começou
o mato a crescer no desvio que levava aos terraços
das vinhas, à parcela onde procuravas
temporão o renovo. E tudo é agora indiferente:
se as palhas ficam nos solos, se os medos não exigem
as rezas, se já nos montes não vagueiam as luzes.