quinta-feira, março 23, 2006

Cena dum filme de Manoel de Oliveira

Uma biblioteca do séc. XIX. Penumbra. A jovem estudante de filosofia descruza as pernas e deixa cair a chinela. O mestre baixa-se muito lentamente, fascinado, sobressaltadamente excitado. Apanha a chinela. O plano fixo parece durar uma eternidade. Na cena seguinte vê-se o pé da estudante de filosofia, as unhas cresceram-lhe, o plano abre, estão ambos mais velhos.