Há um país onde as crianças acendem
nas manhãs de Junho
os seus archotes de vidro
incandescente
e armam ciladas nos poços
onde sucumbem as
remanescentes mágoas
do Inverno.
E depois
as mulheres demoram a tarde
a encher as alcofas de empreita
com as amêndoas
e o lume
do ano.
E as aves regressam de longe.
E a memória de tudo é só um rumor
quase familiar
de sombras antigas adormecidas
nos pátios.