Um dia compreendemos: quando se corta
mais uma árvore da infância
não é o amor às árvores
o que traz ao rosto a lágrima exasperada
das nascentes da água. É só que morremos
repetidamente nesse preciso instante
em que as raízes se erguem no ar
e uma ave regressa ao obscuro refúgio
da floresta das ausências.