É como se a geometria e a proporção
revertessem da ética e a eternidade obrigasse
a essa exigência tão próxima da música
e da álgebra. Uma íntima cartografia tumular
ficou inscrita nos livros guardados
para que ao público se expusesse apenas
o remanescente dos corredores e das salas
dos palácios onde a vida verdadeiramente
se viveu: nos jardins encostados a paredes de taipa,
nos azulejos minúsculos das tumbas
sem a gravação dos nomes ou o retrato
dos rostos que um dia foram a matéria sujeita
à infâmia contingente de que todos
indistintamente somos feitos.