segunda-feira, fevereiro 19, 2007

As despedidas

Estás sentada num degrau da escaleira de casa e é como se fosse o estrangeiro. Um vento ergue-se e não se movem as folhas das mais próximas árvores. Estás sentada num degrau da escaleira de casa e uma nuvem fica por instantes poisada nas tuas mãos abertas. No teu rosto, com as águas subterrâneas, uma navalha de gelo desenha as raízes dos bosques das encostas frias. Não é ainda a noite. Mas não se movem as folhas das mais próximas árvores e há um vento que faz estremecer o mundo.