O tempo não existia entre as par
tidas e os regressos. Apenas vento
ou luz. Apenas uma sombra leve
sobre as águas dos açudes. Um ru
mor. O vento. Um fio suspenso entre os
dois postes do pátio para que o in
verno deixe às vozes exteriores o si
lêncio dos seus nomes. Só depois o
sobressalto de alguém que chega de
longe para recomeçar enquanto
não for o tempo de partir de novo.
E entre a chegada e a partida o
tempo é apenas o espaço das au
sências de tudo o que a ninguém pertence.