Penso com as mãos abertas sobre a
roseira do pátio. Penso com os
músculos a subir os degraus. Penso
propositadamente a ruína a
té ser a parte dela que deve
ria ter sido. Penso como se o
pensamento fosse a arte dos nú
meros da indiferença. Penso com
as espáduas a vir do tronco à cabeça
imperecível. Penso com as mãos
abertas ao milagre de nem me
reconhecer num corpo. Só depois
adormeço e um relâmpago há-de i
luminar o que não podemos ver.