domingo, dezembro 10, 2006

Canção

É quase nada é o teu rosto é uma sílaba
é só o pátio dos incêndios um poema
é uma nuvem uma praia é o que cintila
é uma tarde de mãos dadas no cinema

É a memória desse instante inicial
é quase nada é quase tudo é só o vento
tu respirares entre o silêncio a neve e a cal
rosas de fogo iluminadas só por dentro

É o teu nome inscrito a giz numa bandeira
a via láctea nos teus olhos meu amor
é o que fica do inverno é a primeira
água do mundo a sua luz o seu rumor

Agora o tempo é no teu nome que parou
um rio súbito um momento inaugural
adormecemos e esta história terminou
foste de mim eu fui de ti ponto final


(Refrão)

É só o vento
nos teus olhos
só o vento

É só o vento
o seu rumor
a sua voz

É só o vento
meu amor
é só o vento

E lá por dentro
estarmos nós
e estarmos sós

É só o vento
meu amor
é só o vento

É só o vento
o seu rumor
é só o tempo

É só o vento
meu amor
é só o vento

É só o tempo
e lá por dentro
estarmos nós